Assim, simples.

Expor opiniões. Demonstrar sensações... É preciso ser humano.

Lutar com as armas que se têm contra um mundo canibal,

evidencia a certeza de que somos causa e efeito desse sistema tirano,

o que não deixa de ser algo meramente proposital.


sábado, 20 de março de 2010

Dia qualquer.

Certo dia, um dia normal como outro qualquer, ele pensava. E de tanto pensar, percebeu que as coisas que antes eram indispensáveis, que de tão exaltadas eram colocadas de forma religiosa na sua pobre e humilde rotina, já não mais despertava interesse nele. Sua mente já havia criado aversão a sentar embaixo daquela sombra, e ali, todos riam e se alegravam como se o mundo e tudo que nele há, não estivesse indo para o buraco. Não era a mesma coisa, pela manhã, ouvir aquele cd que se ouvia há alguns longos e transformadores anos. As músicas continuaram ali, mas suas essências foram alteradas. Sei lá, algo é estranho. Tudo mudou, ou ele ficou parado no tempo, achando que os risos de ontem iriam permanecer vivos e latentes até os dias de hoje - ingenuidade dele – ou o tempo passou por cima dele como um rolo compressor, e como de costume nem percebeu. Foi aí que, de forma interna, elogiava a Camões que na sua mais bela musicalidade dos versos, citou na história que se os tempos mudarem, as vontades também farão o mesmo. É como se fosse uma reação automática, do próprio instinto. E no final deste certo dia, um dia normal como outro qualquer, concluiu seu pensamento sobre esses seres que dizem, em sua maioria, serem humanos: cuide bem do seu cão. Dê a ele carinho, vacinas, ração e até um osso para roer. Ele late para você, mas dificilmente vai te morder. E se isso acontecer, relaxe. Vacinado, ele vai aprender!



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