"Vêm dias, dias vão e a cada ida e vinda vemos suas despedidas. Algumas doem, outras nem tanto. Mas todas fazem parte do contexto e vão pra dentro da memória.
La na tal memória o pássaro verde e amarelo tem o tempo certo de dar o ar de sua singela graça e cantarolar em nossos tímpanos, ainda mais num ano decisivo politicamente como este.
Nela, a maioria esmagadora acredita que todos roubam e nasceram pra isso. Outros – minoria irrisória- acreditam que um dia esse pássaro verde e amarelo vai brilhar no céu de anil.
Estes tais dias, e principalmente os últimos, parecem estar completamente fechados, de bronze, sem querer se relacionar, tímido e até mesmo magoado.
Convidá-los pra dar uma volta, ver novos ‘dias’, fazer novas amizades, assistir a um jogo de futebol, ir ao cinema, ligar para amigos de longas datas... Tudo é nada perto do medo.
Medo, fracasso, dúvida constante, ansiedade... Tudo isso está junto num mesmo saco. E puxa, isso tudo é um saco! "